terça-feira, 31 de janeiro de 2012

CAMPANHA NACIONAL DE “OS VERDES” NOS DISTRITOS DE GUARDA E AVEIRO - “À MESA COM A PRODUÇÃO PORTUGUESA”

A campanha nacional do Partido Ecologista “Os Verdes”, intitulada “À mesa com a produção portuguesa”, com acções de sensibilização e contacto com a população no Distrito de Guarda e Aveiro. Com esta campanha, o PEV pretende debater os problemas da produção alimentar nacional e sensibilizar para a necessidade de se assumir esta questão como uma prioridade para o país, neste momento de crise e de défice.

Dirigentes e activistas do Partido Ecologista “Os Verdes” têm vindo a percorrer desde Outubro de 2011 os mercados e feiras de todo o país com a campanha “À mesa com a produção portuguesa”, no sentido de alertar consumidores para a imperiosa necessidade de diminuir o défice alimentar do nosso país, que actualmente ronda os 70%. Ao longo desta campanha, “Os Verdes” irão também contactar produtores, cooperativas e organizações de produtores.


PROGRAMA NO DISTRITO DE GUARDA – 01 a 04 de Fevereiro
À MESA COM A PRODUÇÃO PORTUGUESA
Semeie esta ideia, cultive o país, colha soberania!

01/02 – 4ªfeira
11.00h – Mercado Municipal de Seia
15.30h - Contacto com a população em Gouveia
02/02 – 5ªfeira
10.30h – Feira de Sabugal
15.30h - Contacto com a população em Celorico da Beira
03/02 – 6ªfeira
10.30h – Feira de Trancoso
15.30h - Contacto com a população em Meda
04/02 – Sábado
10.30h – Mercado Municipal da Guarda


PROGRAMA NO DISTRITO DE AVEIRO – 04 de Fevereiro
À MESA COM A PRODUÇÃO PORTUGUESA
Semeie esta ideia, cultive o país, colha soberania!
04/02 – Sábado

11.30h – Feira Municipal de Águeda

O Partido Ecologista “Os Verdes”
O Gabinete de Imprensa de
“Os Verdes”
Lisboa, 31 de Janeiro de 2012

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

CAMPANHA NACIONAL DE “OS VERDES” NOS DISTRITOS DE FARO E AVEIRO - “À MESA COM A PRODUÇÃO PORTUGUESA”

O Partido Ecologista “Os Verdes” prossegue com a campanha nacional, intitulada “À mesa com a produção portuguesa”, com acções de sensibilização e contacto com a população nos Distritos de Faro e Aveiro. Com esta campanha, o PEV pretende debater os problemas da produção alimentar nacional e sensibilizar para a necessidade de se assumir esta questão como uma prioridade para o país, neste momento de crise e de défice.


PROGRAMA NO DISTRITO DE FARO – 27 e 28 de Janeiro
À MESA COM A PRODUÇÃO PORTUGUESA
Semeie esta ideia, cultive o país, colha soberania!
27/01 – 6ªfeira
10.30h – Mercado de Loulé
15.30h – Contacto com a população em Silves

28/01 – Sábado
10.30h – Mercado de Portimão
14.30h – Contacto com a população em Lagos



PROGRAMA NO DISTRITO DE AVEIRO – 28 de Janeiro
À MESA COM A PRODUÇÃO PORTUGUESA
Semeie esta ideia, cultive o país, colha soberania!

28/01 – Sábado
11.30h – Mercado de Santiago, no concelho de Aveiro
14.30h – Feira dos 28, no concelho de Aveiro

O Partido Ecologista “Os Verdes”
O Gabinete de Imprensa de
“Os Verdes”
Lisboa, 26 de Janeiro de 2012

Ecolojovem – «Os Verdes» acusa Governo de promover o abandono de jovens no Ensino Superior

De acordo com a comunicação social, há cada vez mais estudantes a desistir dos seus cursos no Ensino Superior, por razões económicas.

Para a Ecolojovem esta é uma situação revoltante e demonstrativa do que têm sido as políticas de Educação e Ensino dos sucessivos governos de PS, PSD e CDS-PP, num claro desinvestimento na formação dos seus jovens.

“Os Verdes” na Assembleia da República têm denunciado diversos casos de abandono da frequência do Ensino Superior e apresentaram Projectos de Resolução no sentido de haver uma revisão das normas de atribuição de Bolsas de Estudo.

As alterações das regras de atribuição de prestações sociais levam a que os estudantes e suas famílias se deparem com imensas dificuldades devido às despesas com o ensino, que tem custos elevadíssimos, e o sistema de Acção Social Escolar está longe de abranger todos os que necessitam, baseando-se num modelo de atribuição de bolsas injusto e pondo em causa a continuação dos estudos de muitos alunos.

Este sistema está de tal ordem desordenado que muitos jovens ainda aguardam resposta dos Serviços de Acção Social, e mesmo os estudantes a quem foi atribuída bolsa de estudo, têm problemas devido aos atrasos constantes da transferência da mesma.

Os jovens ecologistas repudiam também o aumento brutal que as propinas têm tido, sendo na maioria dos casos superior a mil euros, um valor que, para muitas famílias fica, aquém do valor dos seus salários, mostrando mais uma vez que o violento esforço para manter os estudantes no Ensino Superior é realizado unicamente pelo agregado familiar.

A Ecolojovem – «Os Verdes» manifesta a sua total discordância e contestação para com esta realidade, pois reconhece que só com reais políticas de investimento no Ensino e um sistema mais justo e democrático se garante o Direito ao Ensino, consagrado na Constituição da República Portuguesa.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

CAMPANHA NACIONAL DE “OS VERDES” ARRANCA NO DISTRITO DE FARO E VIANA DO CASTELO - “À MESA COM A PRODUÇÃO PORTUGUESA”


A campanha nacional do Partido Ecologista “Os Verdes”, intitulada “À mesa com a produção portuguesa”, arranca com acções de sensibilização e contacto com a população no Distrito de Faro e Viana do Castelo. Com esta campanha, o PEV pretende debater os problemas da produção alimentar nacional e sensibilizar para a necessidade de se assumir esta questão como uma prioridade para o país, neste momento de crise e de défice.

Dirigentes e activistas do Partido Ecologista “Os Verdes” têm vindo a percorrer desde Outubro de 2011 os mercados e feiras de todo o país com a campanha “À mesa com a produção portuguesa”, no sentido de alertar consumidores para a imperiosa necessidade de diminuir o défice alimentar do nosso país, que actualmente ronda os 70%. Ao longo desta campanha, “Os Verdes” irão também contactar produtores, cooperativas e organizações de produtores.


PROGRAMA NO DISTRITO DE FARO – 19 a 21 de Janeiro
À MESA COM A PRODUÇÃO PORTUGUESA
Semeie esta ideia, cultive o país, colha soberania!

19/01 – 5ªfeira
10.30h – Mercado Municipal de Faro
20/01 – 6ªfeira
10.30h – Contacto com a população em Vila Real de Santo António
15.30h - Contacto com a população em Tavira
21/01 – Sábado
10.30h – Mercado Municipal de Olhão
15.30h – Contacto com a população em São Brás de Alportel


PROGRAMA NO DISTRITO DE VIANA DO CASTELO – 20 e 21 de Janeiro
À MESA COM A PRODUÇÃO PORTUGUESA
Semeie esta ideia, cultive o país, colha soberania!
20/01 – 5ª Feira

10.00h – Mercado Municipal de Viana do Castelo
21/01 – Sábado

10.00h – Feira Municipal de Paredes de Coura
15.00h – Feira Municipal de Vila Nova de Cerveira

O Partido Ecologista “Os Verdes”
O Gabinete de Imprensa de
“Os Verdes”
Lisboa, 18 de Janeiro de 2012

TDT ou TAT (Trapalhada Atrás de Trapalhada)?


Aí está a Televisão Digital Terrestre com a bonita sigla de TDT, mas melhor seria chamar-lhe TAT, ou seja, Trapalhada Atrás de Trapalhada, tantas foram as singularidades deste processo.

E a primeira trapalhada, tem a ver com o início do processo, portanto, com o concurso e com as questões de concorrência. E esta trapalhada não tem só a ver com o facto de apenas duas empresas terem concorrido para a atribuição da licença, é que a PT/MEO que ganhou o concurso para operador de distribuição, tem interesse, ou antes, tem tudo a ganhar, na fragilidade da oferta da TDT.

O Governo diz que o processo foi transparente. Nós não sabemos se foi ou se não foi, o que sabemos é que a Associação Nacional de Municípios já requereu ao Ministério Publico a investigação do concurso exactamente por considerar que o interesse público não foi salvaguardado.

A segunda trapalhada, tem a ver com uma clara incompetência politica. Porque é disso mesmo que se trata, quando se exige à operadora que fosse assegurada a cobertura de uma percentagem de território em vez de se assegurar uma percentagem de população, é de incompetência politica que estamos a falar e não de outra coisa.

E o resultado está à vista, no meio do apagão começa a fazer-se luz: mais de um milhão de portugueses terão de pagar por uma antena, por um kit para TDT por satélite, pagar os cabos e a respectiva instalação, para terem acesso à televisão. Estamos portanto a falar de custos na ordem dos 120 euros, no mínimo.

Mas temos mais trapalhadas:

Enquanto no resto da Europa a introdução da TDT foi o canalizador de uma explosão de variedades de oferta televisiva, Portugal receberá a medalha digital pelo facto de ser o País europeu com menor número de canais nesta plataforma.

De facto com o modelo de TDT que está a ser prosseguido, estamos a perder uma oportunidade histórica para efectuar um salto gigantesco na qualidade e variedade do serviço televisivo prestado às populações.

Em todos os restante países europeus, a instalação da TDT veio trazer um aumento do número de canais. E em Portugal o que vamos ter? Vamos ter uma oferta de canais gratuitos exatamente igual à oferta analógica, estamos assim a desperdiçar as vantagens da tecnologia digital.

É que um dos aspetos fundamentais da transição para a TDT é a oferta de canais de serviço público, já que a cobertura universal deveria estar à partida assegurada e constituir um dado adquirido.

Mas assim não foi, assim não esta a ser e assim não será, se não houver uma alteração na postura do Governo.

Na verdade, o serviço público que o Estado deveria prestar, está a ser negado a mais de um milhão de portugueses.

E depois vem a ANACOM sossegar as famílias que vivem nas “zonas sombra”, e dizer: bem “ se não recebem por via terrestre podem receber por satélite”. Pois podem. Só que esta solução implica custos adicionais, que rondam os 120 euros por televisor, e estes custos têm de ser suportados pelas pessoas.

Na nossa perspetival impor custos adicionais aos cidadãos para acederem a um direito que é o de terem acesso à televisão em canal aberto, é inadmissível. Não pode ser.

O Governo tem de arranjar soluções. O Governo tem de mostrar que este processo da TDT foi motivado pela defesa do bem público, e não pela defesa do bem privado, nomeadamente das operadoras de telecomunicações móveis.

O que se exige é um modelo de TDT com cobertura total do território de forma a garantir um serviço público de televisão. Porque é completamente inaceitável que a TDT não chegue a todos e da mesma forma, porque não há portugueses de primeira e de segunda, e muito menos em matéria de acesso a direitos.

Até a informação foi uma trapalhada.

As campanhas de informação foram tardias e muito pouco claras com resultados desastrosos, face ao que seria desejável.

E a falta de informação está a levar a abusos por parte da operadora. Quem o diz é a DECO, que alertou para o facto da Portugal Telecom estar a cobrar ilegalmente para verificar a cobertura do sinal de TDT.

O Governo tem de fazer o seu trabalho: garantir um serviço público de televisão para todos e de forma igual.

Seria portanto sensato que o Governo ponderasse o adiamento do apagão, de forma a garantir que em matéria de acesso a direitos não há portugueses de primeira e portugueses de segunda.

artigo de opinião do Deputado do PEV, José Luís Ferreira, publicado aqui.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

CAMPANHA NACIONAL DE “OS VERDES” PROSSEGUE NOS DISTRITOS DE ÉVORA E BRAGA - “À MESA COM A PRODUÇÃO PORTUGUESA”


O Partido Ecologista “Os Verdes” prossegue com a campanha nacional, intitulada “À mesa com a produção portuguesa”, com acções de sensibilização e contacto com a população nos Distritos de Évora e Braga. Com esta campanha, o PEV pretende debater os problemas da produção alimentar nacional e sensibilizar para a necessidade de se assumir esta questão como uma prioridade para o país, neste momento de crise e de défice.


PROGRAMA NO DISTRITO DE ÉVORA – 13 e 14 de Janeiro
À MESA COM A PRODUÇÃO PORTUGUESA
Semeie esta ideia, cultive o país, colha soberania!
13/01 – 6ªfeira
10.30h – Contacto com a população em Redondo
15.30h – Contacto com a população em Alandroal

14/01 – Sábado
10.30h – Contacto com a população em Viana do Alentejo
12.30h – Contacto com a população em Portel
16.00h - Feira de Reguengos de Monsaraz


PROGRAMA NO DISTRITO DE BRAGA – 09 e 14 de Janeiro
À MESA COM A PRODUÇÃO PORTUGUESA
Semeie esta ideia, cultive o país, colha soberania!

09/01 – 2ªfeira
10.30h – Feira de Vieira do Minho
10/01 – 3ªfeira
10.30h – Feira de Vila de Prado, no concelho de Vila Verde
11/01 – 4ªfeira
10.30h – Feira de Vila Nova de Famalicão
12/01 – 5ªfeira
10.30h – Feira de Barcelos
13/01 – 6ªfeira
10.30h – Mercado de Guimarães
14/01 – Sábado
10.30h – Feira de Pevidém, no concelho de Guimarães

O Partido Ecologista “Os Verdes”
O Gabinete de Imprensa de
“Os Verdes”
Lisboa, 06 de Janeiro de 2012

José Luís Ferreira sobre as Taxas Moderadoras

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

CAMPANHA NACIONAL DE “OS VERDES” ARRANCA NO DISTRITO DE ÉVORA E BRAGA - “À MESA COM A PRODUÇÃO PORTUGUESA”

A campanha nacional do Partido Ecologista “Os Verdes”, intitulada “À mesa com a produção portuguesa”, arranca com acções de sensibilização e contacto com a população no Distrito de Évora e Braga. Com esta campanha, o PEV pretende debater os problemas da produção alimentar nacional e sensibilizar para a necessidade de se assumir esta questão como uma prioridade para o país, neste momento de crise e de défice.

Dirigentes e activistas do Partido Ecologista “Os Verdes” têm vindo a percorrer desde Outubro de 2011 os mercados e feiras de todo o país com a campanha “À mesa com a produção portuguesa”, no sentido de alertar consumidores para a imperiosa necessidade de diminuir o défice alimentar do nosso país, que actualmente ronda os 70%. Ao longo desta campanha, “Os Verdes” irão também contactar produtores, cooperativas e organizações de produtores.


PROGRAMA NO DISTRITO DE ÉVORA – 5 a 7 de Janeiro
À MESA COM A PRODUÇÃO PORTUGUESA
Semeie esta ideia, cultive o país, colha soberania!

5/01 – 5ªfeira
10.30h – Mercado Municipal de Évora
12.00h – Universidade de Évora
6/01 – 6ªfeira
10.00h – Contacto com a população em Montemor-o-Novo
15.30h - Contacto com a população em Arraiolos
07/01 – Sábado
10.30h – Mercado Municipal de Estremoz
14.30h – Contacto com a população em Borba
15.15h – Contacto com a população em Vila Viçosa


PROGRAMA NO DISTRITO DE BRAGA – 7 de Janeiro
À MESA COM A PRODUÇÃO PORTUGUESA
Semeie esta ideia, cultive o país, colha soberania!
07/01 – Sábado

10.30h – Mercado Municipal de Braga

O Partido Ecologista “Os Verdes”
O Gabinete de Imprensa de
“Os Verdes”
Lisboa, 03 de Janeiro de 2012

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Alguém imagina Setúbal sem comboios?


A CP – Caminhos de Ferro Portugueses - determinou a eliminação da paragem em Setúbal, e também em Alcácer do Sal, do intercidades saído de Lisboa com destino ao Algarve.

Esta decisão, concretizada a partir do dia 11 de Dezembro de 2011, é absolutamente inadmissível, por várias razões, e foi sustentada numa decisão unilateral que não envolveu nem utentes, nem trabalhadores, nem as autarquias afectadas diretamente por esta supressão de paragem do intercidades. De resto, todos estes interessados souberam da decisão praticamente nas vésperas dela se concretizar e pela comunicação social, o que demonstra, no mínimo, métodos muito pouco éticos por parte da CP.

Setúbal é uma cidade capital de distrito, concelho com mais de 120.000 habitantes. É absolutamente inaceitável que esta cidade deixe de “receber” o intercidades que faz ligação ao Algarve e que os seus habitantes tenham que passar a optar por se deslocar ao Pinhal Novo para aí poderem tomar o comboio para o Algarve.

Alega a CP, publicamente, que a deslocalização do intercidades poupará meia hora de viagem. Mas pergunta-se: poupará a quem? Aos habitantes de Setúbal não poupará certamente, na medida em que terão que somar ao seu tempo de viagem uma deslocação até ao Pinhal Novo, acrescendo tempo de viagem e custos de deslocação! Este argumento da CP, concretizado desta forma, não é tolerável, porque quando o tempo de viagem é encurtado com a supressão de paragens em pontos fundamentais, o serviço é prejudicado e não melhorado. É evidente que uma viagem, por exemplo, de Lisboa ao Porto, se não tiver qualquer tipo de paragem intermédia será muito mais rápida do que se essas paragens existirem. Mas pergunta-se: servir-se-ão melhor as populações e os utentes se houver comboios onde se promovam essas paragens, designadamente em cidades centrais, ou não? Uma coisa é encurtar os tempos de viagem com modernização do material circulante e das linhas ferroviárias, outra coisa é encurtá-los com o encerramento puro e simples de serviços fulcrais!

Recorde-se, ainda, que a estação ferroviária de Setúbal foi sujeita, há menos de 2 anos, a obras de modernização, onde se gastaram milhões de euros (perto de 15 milhões), e agora a CP desvaloriza este investimento erradicando dali a paragem do intercidades.

Repare-se também que o próprio PET (designado como Plano Estratégico de Transportes) não prevê, em lado nenhum, a supressão do intercidades da cidade de Setúbal, nem de Alcácer do Sal. É que se a somar aos cerca de 600 km de linhas ferroviárias que o PET pretende encerrar no país, ainda há a somar uma série de encerramentos de serviços e de ofertas não contabilizadas no PET, o que se está é a determinar um verdadeiro “assassínio” do transporte ferroviário de passageiros em Portugal!

A questão é que em Setúbal não se coloca apenas a grave questão de perda do intercidades que faz a ligação ao Algarve, mas também do serviço regional com ligação a Tunes. E repare-se como esta manobra foi “refinada”: primeiro, e já depois da modernização da linha do Sado, o regional passou a deixar de partir do Barreiro para partir do Pinhal Novo. Depois deixou de partir do Pinhal Novo para passar a partir de Setúbal. E agora vem a CP anunciar a supressão definitiva do serviço regional para Tunes! Ou seja, para que se perceba a manobra, foi-se encurtando o serviço regional, a partir do seu ponto de partida, para chegar um dia e dizer-se: é para suprimir! Isto é verdadeiramente inadmissível!

E francamente inadmissível é também Setúbal ficar assim, sem intercidades e sem regional, com ligação ao Algarve por via ferroviária! Uma capital de distrito que sempre teve forte relação com a mobilidade ferroviária.

Com o fim do regional são também um conjunto significativo de localidades do sul do distrito de Setúbal e do litoral alentejano que perdem ligação ferroviária.

Não deixa de ser caricato que estas decisões tenham sido anunciadas enquanto estava a decorrer a conferência de Durban, na África do Sul – a 17ª conferência do clima que visava tomada de decisões para a redução de gases com efeito de estufa (GEE) no período pós-Quioto. A cimeira fracassou nos seus objectivos e, cá em Portugal, o Governo português ajuda a fracassar nas necessárias medidas internas a adoptar para a redução de GEE, quando permite este tipo de medidas por parte da CP.

Em bom rigor, o setor dos transportes é o que mais tem aumentado ao nível de emissões com relevância para aprofundamento do fenómeno das alterações climáticas (fundamentalmente devido ao grande peso da componente rodoviária). De resto, o PET é a prova clara que o Governo quer fomentar ainda mais a componente rodoviária em detrimento da ferroviária que é a mais sustentável do ponto de vista ambiental. Tudo ao contrário dos objetivos a cumprir, portanto.

Para além disso, importa salientar que o direito à mobilidade das populações é um direito fundamental que tem que ser suportado por um serviço público de qualidade. Não é isso que está a acontecer. Esse direito à mobilidade está a ser desvalorizado e com ele arrasta o problema do isolamento de localidades do país, fomentando assimetrias locais e regionais que urge combater, mas que com este tipo de opções se acaba por acentuar.

Por último, importa reafirmar que uma empresa sustenta-se quando ganha passageiros. Tudo fazer para que se percam passageiros é uma gestão danosa de serviços que deve ser denunciada e que só tem em mira um objectivo: reduzir custos e oferta para entregar os transportes ao setor privado que gerirá depois os serviços em função do bolso dos accionistas e nunca das reais necessidades dos utentes. Despojado de passageiros, encostar-se-á depois ao Estado para garantir as suas indemnizações compensatórias e outras compensações por um serviço mal prestado e é assim que se prejudicam as pessoas no presente e se bloqueiam gerações futuras, com uma política errada de mobilidade que empobrece um país em vez de o engrandecer.

artigo de opinião da Deputada do PEV, Heloísa Apolónia, publicado no Setúbal na Rede:
http://www.setubalnarede.pt/content/index.php?action=articlesDetailFo&rec=16232