quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Reação dos Verdes à candidatura de Mário Centeno a Presidente do Eurogrupo

Face à divulgada candidatura de Mário Centeno a Presidente do Eurogrupo, Os Verdes consideram que a sua eventual designação para esse cargo não representa, por si, um benefício para Portugal em particular, nem para a União Europeia em geral.

Com efeito, não se vislumbra que Mário Centeno seja percursor das mudanças necessárias que se impõem na União Europeia e na Zona Euro, designadamente com a defesa de eliminação de constrangimentos diversos, nomeadamente ao nível das políticas orçamentais, que dificultam a possibilidade das economias mais frágeis de desenvolverem e robustecerem no quadro da União Europeia, numa lógica de verdadeira solidariedade.

O que os Verdes esperam é que esta candidatura de Mário Centeno não represente qualquer espécie de maior submissão de Portugal à União Europeia e de desvio em relação às medidas de devolução de rendimentos e de direitos aos portugueses. 

Relembramos que os passos relevantes (embora muito aquém do necessário e possível) que se têm dado em Portugal, resultam efetivamente da solução que foi encontrada após as últimas eleições legislativas, a partir das quais PSD e CDS perderam a maioria de deputados na Assembleia da República e o conjunto dos outros partidos, onde o PEV se inclui, traçaram a necessidade de romper com as políticas de austeridade impostas pela direita.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Verdes reagem à renovação, pela União Europeia, da licença de uso do glifosato

Relativamente à posição de abstenção do governo português, tomada no Comité de Recurso da União Europeia, perante a proposta de renovação por mais cinco anos do uso do glifosato, Os Verdes afirmam não se identificarem com a mesma.

Para o PEV, o governo português dever-se-ia ter oposto a tal pretensão, pois seria a posição que melhor defende as populações, o ambiente e a saúde pública.

Com esta autorização do uso do glifosato por mais 5 anos, a União Europeia demite-se de encontrar alternativas à utilização deste herbicida prejudicial, mas Os Verdes continuarão a lutar pela erradicação do uso do glifosato.

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

80º Aniversário dos Bombeiros de Palmela

Joana Pires, membro do Partido Ecologista Os Verdes, do Coletivo Regional de Setúbal, escreveu um artigo no Jornal do Pinhal Novo, sobre o 80º Aniversário dos Bombeiros de Palmela, cerimónia onde esteve presente. O texto foi publicado a 14 de novembro.



domingo, 12 de novembro de 2017

Caos na ligação fluvial entre Montijo e Lisboa origina Pergunta de Os Verdes no Parlamento

O Deputado José Luís Ferreira, do Grupo Parlamentar Os Verdes, entregou na Assembleia da República uma pergunta em que questiona o Governo, através do Ministério do Ambiente, sobre a em rotura do serviço na ligação fluvial Lisboa – Montijo – Lisboa que tem levado ao caos do serviço prestado e causado danos a milhares de Portugueses.

Pergunta:

Durante o ano de 2016 e fruto do desinvestimento do Governo anterior PSD/CDS, a Transtejo viu entrar em rotura o serviço na ligação fluvial Lisboa – Montijo – Lisboa.
Com a entrada de um novo Conselho de Administração, em 2017, os utentes foram informados, no início do ano, que o problema estaria resolvido, o mais tardar, no final do verão, fruto de um plano de recuperação da frota que estava em marcha.

Em junho de 2017 o Governo anuncia um investimento de dez milhões de euros para recuperar a frota da Transtejo e Soflusa.

Apesar de todos estes anúncios, a situação vivida nos últimos dias pelos utentes da ligação Lisboa – Montijo poderemos adjetiva-la de caos.

São pessoas que chegam atrasadas ao seu trabalho, muitos trabalhadores precários dizem que assim não vão ver os seus contratos renovados, estudantes que estão privados de assistir a aulas, pessoas que têm consultas de especialidade e que por faltarem vêm a sua consulta passar para muitos meses depois, pais que ficam angustiados porque têm os seus filhos em infantários que têm horários de fecho e assim ficam sem meios de os ir buscar.

Estes são alguns dos lamentos que podemos ouvir sempre que uma carreira é suprimida ou que os atrasos sejam significativos.

Mas ainda mais revoltante é que ninguém dá a cara sempre que estes problemas persistem e acabam por ser os trabalhadores da Transtejo, que não tendo culpa nenhuma, são o alvo de alguns desabafos de pessoas mais irritadas.

A rotura deste serviço público que também tem sido denunciado por comissões de utentes e autarcas exige, para nós, que este problema seja olhado de uma vez por todas com responsabilidade, com método e com um planeamento eficaz porque está a causar danos a milhares de Portugueses.


Assim, e face ao exposto, solicito a V. Exas., ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, a S. Exª a Presidente da Assembleia da República que remeta ao Governo a seguinte pergunta, para que o Ministério do Ambiente possa prestar os seguintes esclarecimentos:

1 – Que medidas, no imediato, pensa o Governo tomar para que os atrasos e a supressão de carreiras terminem o mais breve possível?

2 – Quais foram os problemas que encontrou o Conselho de Administração para não cumprir com o seu plano e palavra dada para que no final do verão de 2017 o problema estivesse resolvido?

3 – Por quanto mais tempo este problema com a frota da Transtejo vai persistir?

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Verdes questionam Falta de Formação Profissional para o Setor das Pescas

O Deputado José Luís Ferreira, do Grupo Parlamentar Os Verdes, entregou na Assembleia da República uma pergunta em que questiona o Governo, através do Ministério do Mar, sobre a falta de formação para o setor das pescas que está a colocar em causa o próprio rejuvenescimento dos profissionais do setor e assim a sua sustentabilidade.

Pergunta:

Portugal é hoje o maior consumidor de peixe por habitante na Europa mas depara-se com um sério problema que é a falta de mão-de-obra na pesca.

O setor das pescas tem ao longo dos anos sofrido de vários problemas, nomeadamente a falta de estratégia nacional, a elevada carga burocrática, a inexistência de um primeiro preço de venda que seja justo, uma gestão correta da biomassa, entre outros.

Reconhecendo que a vida de um pescador não é uma vida fácil e por isso pouco atrativa para os jovens, devemos estar atentos e proporcionar as melhores condições para os jovens que queiram abraçar esta atividade.

Segundo informações que recolhemos em algumas zonas do país e nomeadamente no Algarve tem havido procura para o curso de Pescador mas a formação está estagnada, devido à falta de verbas do FOR-MAR (Centro de Formação Profissional das Pescas e do Mar).


Esta situação vem criar mais um problema, uma vez que está a colocar em causa o próprio rejuvenescimento dos profissionais do setor e assim a sua sustentabilidade.

Assim, e face ao exposto, solicitamos a V. Exas., ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, solicito a S. Exª a Presidente da Assembleia da República que remeta ao Governo a seguinte pergunta, para que o Ministério do Mar possa prestar os seguintes esclarecimentos:

1 – Confirma o Governo que em grande do país a formação profissional de novos pescadores está estagnada por falta de verbas no FOR-MAR?

2 – Qual o futuro para o sector das pescas quando se falha na medida elementar que é a formação de pescadores?

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Os Verdes pedem urgente intervenção na ligação da aldeia do Lousal ao IC1, Grândola

A Deputada Heloísa Apolónia, do Grupo Parlamentar Os Verdes, entregou na Assembleia da República uma pergunta em que questiona o Governo, através do Ministério do Planeamento e das Infraestruturas, sobre a precária ligação da aldeia do Lousal servida pelo IC1, 30km a sul de Grândola e cerca de 12km a sul do nó de Grândola Sul-A2, feita através de uma estrada municipal, por um nó que não dispõe de faixas de segurança, mas cujo concurso público para a reformulação do referido nó, lançado em setembro de 2010, acabou por ser cancelado sem que as entidades locais envolvidas no processo, nomeadamente a Câmara Municipal de Grândola e a Junta de Freguesia de Azinheira de Barros, obtivessem qualquer justificação ou esclarecimento sobre a situação.

Pergunta:

A aldeia do Lousal (freguesia de Azinheira do Barros e São Mamede do Sádão, concelho de Grândola) tem sido alvo de projetos de recuperação ambiental, de requalificação do património construído e habitacional e acolhe um dos mais interessantes projetos turísticos e de reabilitação mineira do país.

O Lousal é servido pelo IC1, 30km a sul de Grândola e cerca de 12km a sul do nó de Grândola Sul-A2, sendo que a ligação a este itinerário é feita através de uma estrada municipal, por um nó que não dispõe de faixas de segurança. Como realça a Assembleia Municipal de Grândola, este foi dos únicos da zona sul que não foi intervencionado pela extinta Estradas de Portugal, SA.

A verdade é que a estrada em causa é perigosa e nela ocorrem diversos acidentes rodoviários, com perda de vidas humanas, situação que importa efetivamente corrigir, gerando condições de segurança.

Em setembro de 2010 foi lançado o concurso público para a reformulação do referido nó que, mais tarde, acabou por ser cancelado sem que as entidades locais envolvidas no processo, nomeadamente a Câmara Municipal de Grândola e a Junta de Freguesia de Azinheira de Barros, obtivessem qualquer justificação ou esclarecimento sobre a situação.

A autarquia de Grândola tem-se empenhado na resolução desta situação de perigo, promovendo diversas diligências para que se concretize a reformulação deste nó. Essa intervenção é absolutamente necessária para garantir segurança rodoviária e preservar vidas humanas, mas também para promover resultados no esforço de investimento turístico e de requalificação da aldeia mineira.


Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, solicito ao Senhor Presidente da Assembleia da República que remeta a presente Pergunta ao Ministério do Planeamento e das Infraestruturas, para que possam ser prestados os seguintes esclarecimentos:

1 – Não considera o Governo que esta é uma obra prioritária, tendo em conta o perigo que, atualmente, o nó representa para os residentes e visitantes?

2 – Não considera o Governo que a reformulação e a requalificação desta infraestrutura rodoviária daria um contributo positivo para o desenvolvimento daquela região e que, a contrario, a falta de intervenção desqualifica todo o investimento que tem sido feito, ao nível ambiental e turístico, tão relevante para a dinamização da economia local e regional?

3 - Para quando está prevista a abertura de novo concurso para a obra da reformulação do nó da ligação ao Lousal – IC1?

4 – Na intervenção programada para os 16km do IC1, no início do ano de 2018, o Governo prevê incluir a reformulação do nó do Lousal?

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Verdes querem saber origem da morte de aves junto ao Rio da Moita

A Deputada Heloísa Apolónia, do Grupo Parlamentar Os Verdes, entregou na Assembleia da República uma pergunta em que questiona o Governo, através do Ministério do Ambiente, sobre o aparecimento de várias aves mortas na confluência do Rio da Moita com a Caldeira da Moita, junto ao Largo da Feira, na Moita.


Pergunta:

A confluência do Rio da Moita com a Caldeira da Moita, junto ao Largo da Feira, foi palco de aparecimento de várias aves mortas.
Segundo os relatos da população, a água que costuma correr na vala real na Moita deu lugar a um líquido azulado, cujo cheiro se revelava insuportável, desconhecendo-se a sua origem, composição, consequências para a saúde e para os ecossistemas, e, portanto, não se sabendo se este facto pode estar relacionado com a mortandade de animais referida. Sabe-se que a Guarda Nacional Republicana da Moita e o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), da GNR terão sido informados desta situação.

A Câmara Municipal da Moita procedeu, no início do mês de julho, a diversas diligências junto das entidades competentes, nomeadamente o Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente da GNR, da Divisão de Alimentação Veterinária de Setúbal, da Direção de Serviços de Alimentação e Veterinária da Região de Lisboa e Vale do Tejo, tendo também mandado efetuar análises diretamente ao Laboratório Pró Qualidade (LPQ), para procurar encontrar a razão da morte de aves.

No final do mês de agosto a autarquia, fruto das diligências tomadas, recebeu uma informação técnica do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, referindo que o botulismo poderia estar na origem da morte de vários exemplares de aves na confluência do Rio da Moita com a Caldeira da Moita. Trata-se de uma doença de natureza tóxica que decorre da ingestão de uma toxina e que é agravada pelas condições meteorológicas (calor e seca) que se arrastam há vários meses, a qual afeta sobretudo aves. Entretanto, as análises subsequentes parece que, não vieram a revelar qualquer indício de contaminação que ameace a vida das aves ou de outros animais.

A verdade é que não é a primeira vez que aparecem aves mortas no local referido e, por isso, deve haver um cuidado especial de análise e de compreensão do problema, sobretudo para detetar com rigor a sua causa e para evitar que volte a suceder. 

(foto: Susel Costa)

Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, solicito ao Senhor Presidente da Assembleia da República que remeta a seguinte pergunta ao Ministério do Ambiente, para que este possa prestar os seguintes esclarecimentos:

1 – Que conhecimento teve o Governo sobre a morte de aves na confluência do Rio da Moita com a Caldeira da Moita?

2 – Quais foram as causas detetadas para aquelas ocorrências? Confirma-se ter-se tratado de botulismo ou é possível que tenha tido origem nalguma descarga poluente escorrendo do rio da Moita?

3 – Pode o Governo garantir que, face aos relatos da população, esta situação não tem consequências, também, para a saúde humana?

4 – Que diligências foram entretanto tomadas para resolver a situação e para evitar ocorrências futuras?

domingo, 5 de novembro de 2017

O PEV e o Orçamento do Estado para 2018

Joaquim Correia, dirigente do Partido Ecologista Os Verdes, escreveu para o Diário do Distrito um artigo de opinião sobre o Orçamento do Estado para 2018, que está atualmente em fase de discussão na especialidade:

O PEV e o Orçamento do Estado para 2018

Com o início da discussão do Orçamento de Estado para 2018, já todos nós percebemos os motivos ou as razões do desconforto do PSD e do CDS. E percebemos os motivos, porque tanto o PSD como o CDS não conseguem esconder o que realmente pretendiam. E o que pretendiam era que este orçamento regressasse às políticas de empobrecimento e de austeridade que marcaram os orçamentos do governo anterior.


Que fosse um orçamento que voltasse a fragilizar as Funções Sociais do Estado e que os direitos retirados durante aqueles quatro anos, não fossem devolvidos.

Que não houvesse qualquer alívio fiscal sobre os rendimentos do trabalho e que o Estado social continuasse a enfraquecer.

Porque de facto, pode não agradar a todos, mas a verdade é que há neste orçamento um esforço para continuar a promover o reequilíbrio dos orçamentos familiares, há recuperação dos rendimentos das famílias, há devolução de direitos, que PSD e CDS retiraram aos portugueses e há um esforço para continuar a travar o enfraquecimento do Estado social, que o Governo anterior impôs ao País.

Este Orçamento representa uma continuidade das linhas essenciais iniciadas com o Orçamento de Estado para 2016 e que se está a traduzir na reposição de direitos e na devolução de rendimentos que o Governo PSD/CDS retirou às famílias.

Pode ser pouco, pode ser ainda insuficiente, mas a verdade é que este Orçamento vem dar continuidade ao caminho iniciado em 2016, o que “Os Verdes” consideram absolutamente fundamental.

E apesar deste Orçamento do Estado, nalgumas matérias estar ainda longe do necessário, para dar resposta às necessidades do País e dos portugueses e também ao nível do reforço da defesa dos valores ambientais, o que significa que Os Verdes vão continuar a trabalhar de forma responsável para dar resposta às necessidades para reforçar a sustentabilidade ambiental, nomeadamente através de propostas em sede de especialidade.

Refiro-me, por exemplo, a propostas em torno da mobilidade, de forma a criar mais estímulos para a utilização do transporte público ou para a necessidade de promover, pela via fiscal, a microprodução de energia.

Mas ainda assim, este Orçamento do Estado traduz um esforço deliberado para acentuar a inversão das políticas do anterior Governo, que, aliás, ficaram marcadas pelo desprezo com que se olhava para as micro, pequenas e médias empresas, pela paralisação da nossa atividade económica, pelo avanço assustador do desemprego e, sobretudo, pelo empobrecimento generalizado das famílias.

A aposta na ferrovia é uma exigência dos dias de hoje, é uma aposta que tem de ser feita, por todos os motivos, não só porque a mobilidade é um direito das populações, mas também porque a ferrovia traz benefícios do ponto de vista ambiental, para além de potenciar o desenvolvimento de muitas zonas do interior.

O valor inscrito para 2018 nas PPP do setor rodoviário, é superior em mais de 40 milhões de euros relativamente ao que estava previsto para o próximo ano, no relatório do OE de 2017.

O PEV considera que é imperioso proceder a verdadeiras renegociações nas PPP, sobretudo as rodoviárias, de forma a reduzir os elevados encargos que hoje continuam a implicar uma perda para os contribuintes.

Mas é também necessário começar já a implementar medidas estruturais de forma a cuidar da nossa floresta e sobretudo evitar tragédias no futuro.

E nesta matéria o Orçamento tem de responder a esta realidade e se for necessário ir além dos constrangimentos impostos externamente, pela União Europeia, porque o futuro é já amanhã e o País não pode ficar suspenso por números esquecendo as pessoas.