quinta-feira, 17 de outubro de 2013

A PONTE DE ABRIL!

Mas existem alternativas a esta Ópera Bufa de S. Bento que começou quando o Tribunal Constitucional chumbou algumas medidas do Orçamento de Estado 2013, e o Governo ao falhar todas as previsões, estabelece cada vez mais aos portugueses sacrifícios pesados e culpa o Tribunal Constitucional por esta calamidade a que o país chegou.

A propósito da apresentação da Moção de Censura do Partido Ecologista “OS VERDES”, fui abordado por um Senhor residente no Concelho da Moita, que me disse o seguinte: “Os Verdes apresentaram uma Moção de Censura, que como sabe foi chumbada pela maioria da coligação PSD-CDS/PP. Ainda pensei que o debate em torno desta moção de censura, a partilha de informações serviria para mostrar um lado mais credível dos nossos políticos”. “Como eu, há muitos portugueses, que reclamam da qualidade dos nossos políticos e da incompetência dos nossos governantes”. “Não acha que são evidentes os sinais de descrédito da população relativamente à classe politica? Não acha que são evidentes os sintomas de crise dos regimes democráticos representativos? Não acha que este sintoma se sente através das elevadas taxas de abstenção eleitoral e da falta de confiança dos cidadãos nas instituições?”

Entre outros comentários, este Senhor comparou a actual situação social e politica, com a obra satírica de Camilo Castelo Branco: A Queda de Um Anjo, escrita em 1866. Neste livro, Camilo Castelo Branco descreve personagens corruptos de maneira cómica. 

Descreve de maneira caricatural a vida social e política portuguesa. O protagonista, Calisto, um fidalgo conservador ao ser eleito deputado deixa-se corromper pelo luxo e pelo prazer. 

A citação desta obra, a visão sociopolítica deste Senhor e a letargia de outros, deixaram-me bastante preocupado ao constatar que as pessoas estão cada vez mais, distantes da política. Estão cada vez mais desacreditadas, esta classe política pouco respeitada não consegue atrair cidadãos deste país. Esta classe política traz consigo os ingredientes de uma ópera bufa. 
Mas existem alternativas a esta Ópera Bufa de S. Bento que começou quando o Tribunal Constitucional chumbou algumas medidas do Orçamento de Estado 2013, e o Governo ao falhar todas as previsões, estabelece cada vez mais aos portugueses sacrifícios pesados e culpa o Tribunal Constitucional por esta calamidade a que o país chegou. 
Uma ópera bufa onde o ministro das Finanças, Vitor Gaspar, demitiu-se do governo de coligação (constituída depois das eleições), sendo substituído pela secretária de Estado do Tesouro, Maria Luis Albuquerque. A demissão acontece depois das polémicas informações sobre os “swap”. Em que assistimos a este “faits divers” se a actual Ministra das Finanças, mentiu ou não sobre esta matéria.
A nomeação de Maria Luís Albuquerque para Ministra das Finanças foi determinante e o até então, Ministro de Estado e dos Negócios Estrageiros, Paulo Portas, apresenta o seu pedido de demissão. 
A ópera bufa continua, e Paulo Portas assume o cargo de vice-primeiro-ministro com a responsabilidade pela coordenação das politicas económicas e o relacionamento com a “troika”.
Motivos mais do que suficientes para que as pessoas reclamem da qualidade de alguns políticos e da incompetência dos governantes. Porém, esta questão da classe politica e dos partidos merece ser clarificada. É que os partidos não são todos iguais, e não têm todos o mesmo grau de responsabilidade nesta situação. Há mais mundo para além dos partidos responsáveis e é um erro e uma injustiça meter tudo no mesmo saco.
Existem alternativas a esta Ópera Bufa de S. Bento. Existe o PEV-Partido Ecologista “Os Verdes”, um Partido de corpo inteiro, autónomo e independente, com ideias claras, livres e soberanas nas decisões que toma, um partido que está sempre ao lado das populações quando se trata de combater contra o saque nas pensões, nos subsídios e nos salários, no aumento da idade da reforma, no aumento das contribuições dos trabalhadores, no aumento do desemprego, no ataque aos direitos colectivos de trabalho, na diminuição do direito à saúde, na diminuição do direito à educação que tem mergulhado o país numa verdadeira calamidade social.

Esta calamidade social em que vivemos é fruto das políticas praticadas pelos sucessivos governos PS, PSD e CDS que ao longo dos anos têm conduzido o nosso destino.

Fruto das políticas deste Governo PSD/CDS são também:

A Lei dos Compromissos, que está a causar muitos problemas às autarquias no que diz respeito à sua gestão.
O novo Regime de Financiamento das Autarquias Locais, através do qual o Governo retira ao poder local 400 milhões de euros de receitas que foram sempre receitas municipais.
A Reforma Administrativa, que só serviu para extinguir 1200 Freguesias, deixando assim a nossa democracia mais fragilizada.
O aumento do horário de trabalho dos trabalhadores da Função Pública.
O aumento dos descontos dos aposentados, e não só, do Estado para o subsistema de saúde – ADSE.
O corte na pensão de sobrevivência.
Os cortes salariais que se agravam. 

Mas existem alternativas, existe o Partido Ecologista “Os Verdes” que está sempre ao lado das populações, quando lutam contra o encerramento dos serviços público; quando o Governo extingue freguesias e comete outras barbaridades contra o poder local democrático; quando o Governo pretende acabar com as Funções Sociais do Estado. 

É por tudo isto e por muito mais que é importante que os PORTUGUESES acreditem que ainda há alternativas. Que há partidos e políticos que ouvem a população, que se preocupam com a qualidade de vida e a segurança das pessoas. Que participam sempre com o mesmo desempenho na defesa sem tréguas de um mundo harmonioso, um mundo em que o engenho encontra a natureza para fazer de cada homem e de cada mulher um ser pleno e feliz. 

É por tudo isso que todos os PORTUGESES, mesmo aqueles que nunca participaram numa marcha, que nunca estiveram numa acção de contestação no pós 25 de Abril, todos os trabalhadores, ou todos aqueles que estão sempre presentes quando se trata de reclamar e impor o bem-estar colectivo, PARTICIPEM na Marcha “ POR ABRIL – CONTRA A EXPLORAÇÃO E O EMPOBRECIMENTO”. Fortaleçam a consciência de que cada um de nós pode alterar a situação se usarmos os nossos direitos de cidadania, participando e dando voz colectiva, não só a esta forma de luta como também a todos os outros protestos que possam vir a acontecer.

É por tudo isto que no Sábado, dia 19 de Outubro, às 15 horas, em Alcântara, é importante tornar a ponte sobre o Tejo na PONTE DE ABRIL: 

“VEM, VAMOS EMBORA QUE ESPERAR NÃO É SABER. QUEM SABE FAZ A HORA E NÃO ESPERA ACONTECER.”

Jorge Manuel Taylor
Dirigente do Partido Ecologista “Os Verdes”

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