segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

ESTAREMOS NAS RUAS EM LUTA!, por Jorge Manuel Taylor (Dirigente do Partido Ecologista “Os Verdes”)


Devemos, participar na Manifestação “ Dia Nacional de Luta – Contra a Exploração e o Empobrecimento”. É nosso dever reforçar a consciência de que cada um de nós pode alterar a situação se usarmos os nossos direitos de cidadania, participando e dando voz colectiva, não só a esta forma de luta como também a todas as outras que possam vir a acontecer.
 
Numa altura em que a crescente precariedade se traduz em milhares de desempregados e o número de portugueses no limiar da pobreza a ultrapassar cerca de 2,5 milhões de pessoas, as novas medidas de “recalibrar” (o alargamento do actual CES – Contribuição Extraordinária de Solidariedade, taxa sobre todas as pensões, e o aumento da contribuição dos funcionários públicos para a ADSE), são para a maioria dos portugueses, ainda mais gravosas que as medidas impostas pelo Plano A, o alargamento do CES, não é de forma alguma, uma alternativa ao aumento dos impostos, é um aumento dirigido apenas aos reformados, porque a precaridade e os sacrifícios parecem ser as únicas respostas deste Governo. E o resultado destas políticas, está à vista de todos, asfixia das famílias, mais sacrifícios para quem trabalha e para os reformados, pobreza, precaridade. Nunca se ouviu falar tanto em precaridade como agora. Depois de viajarmos, um pouco, no tempo constatamos que esta era uma realidade do passado, de um passado onde não havia direitos. E hoje?
Hoje,
Os pensionistas/reformados e os funcionários públicos são um dos grupos mais vulneráveis ao sacrifício, à precaridade quiçá à pobreza. Se por um lado, são constantemente convidados e obrigados a aceitar as medidas de austeridade, impostas pelo Governo, por outro lado, não têm meios para as não aceitar. Só lhes resta vir para as ruas em luta pelos seus direitos, liberdades e garantias. Fazendo prosseguir, hoje mais do que nunca, desta forma, os valores e conquistas da Revolução dos Cravos de 1974.
É aqui que as razões que levaram a CGTP-IN a convocar a manifestação “Dia Nacional de Luta”, a acontecer no dia 01 de Fevereiro de 2014, ganha maior sentido.
Este flagelo social a que me refiro e que o Governo PSD/CDS tem vindo a fomentar, mostra-nos que este Governo carrega consigo uma agenda ideológica que tem norteado a sua acção. Só assim se explica a recusa do Governo em “convocar” os rendimentos do capital para contribuírem na resposta à crise, que até à presente data, têm sido poupados, e como tal, passado ao lado dos sacrifícios, bem como, renegociar os prazos, os montantes e os juros da dívida pública, por forma a tornar possível o cumprimento dos compromissos que o País assumiu com a troica. Por isso a postura do governo, merece ou exige uma colossal manifestação de protesto: Os motivos são bastantes:
• Os salários e pensões indignos, o seu roubo total ou parcial e a redução permanente.
• O alargamento da CES – Contribuição Extraordinária de Solidariedade (taxa sobre todas as pensões).
• O aumento da contribuição dos funcionários públicos para ADSE.
• As medidas gravosas da legislação laboral.
• Pela reposição dos direitos retirados.
• Pela actualização do Salário Mínimo Nacional.
• Pela defesa e melhoria das Funções Sociais do Estado.
• Por mais e melhores serviços públicos, contra as privatizações e o encerramento de serviços essenciais ao bem-estar das populações.
• Por uma política fiscal que desagrave os impostos dos trabalhadores e pensionistas, combata a fraude e evasão fiscal e taxe os lucros do capital.
• Pelo respeito da Constituição da República e a defesa do regime democrático.
 
São procedimentos que promovem, sem dúvida nenhuma, a descrença e a revolta, porém, estou convicto que a manifestação de 01 de Fevereiro convocada pela CGTP-IN, como todas as outras formas de luta, será um gigantesco grito de revolta contra todas essas medidas, “recalibradas”, ou não, que estão a empobrecer o País e os Portugueses e a acentuar as desigualdades sociais.
É em tempos de descrença e revolta que surge a necessidade de atitudes que acordem os sentidos, que sacudam as consciências.
É por tudo isso que todos nós, devemos, participar na Manifestação “ Dia Nacional de Luta – Contra a Exploração e o Empobrecimento”. É nosso dever reforçar a consciência de que cada um de nós pode alterar a situação se usarmos os nossos direitos de cidadania, participando e dando voz colectiva, não só a esta forma de luta como também a todas as outras que possam vir a acontecer.
Não hesite, participe, juntos vamos lembrar ao governo que é preciso colocar o País a produzir. Como já referi, para isso é preciso investimento público de qualidade, para isso só há um caminho a trilhar, renegociar os prazos, os montantes e os juros da dívida pública, que nos permita investir e produzir riqueza e desta forma reunir condições para pagar a dívida, tendo sempre em apreciação os efeitos das decisões sobre a vida dos portugueses.
 
"O PEV – Partido Ecologista “Os Verdes”, tudo fará, na Assembleia da República e fora dela, para impedir a prossecução destas medidas e estará sempre ao lado dos trabalhadores e dos pensionistas/reformados/idosos lutando na Assembleia da República ou nas ruas, por um País melhor. Um País harmonioso, um País em que o engenho encontra a natureza para fazer de cada homem e de cada mulher um ser pleno e feliz.
POR ISSO EM 2014 ESTAREMOS NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA OU NAS RUAS EM LUTA!
artigo de opinião do Dirigente do PEV, Jorge Manuel Taylor publicado no Jornal Rostos

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