A Deputada Heloísa Apolónia, do Grupo Parlamentar Os Verdes, entregou na Assembleia da República uma pergunta em que questiona o Governo, através do Ministério do Ambiente, sobre o funcionamento do sistema de videovigilância no Parque Natural da Arrábida, tendo em conta o momento que atravessamos em que o flagelo dos incêndios florestais nos assola e que nos remete para a necessidade de um investimento sério e adequado em meios de prevenção.
Pergunta:
Tendo em conta o
flagelo dos incêndios florestais que assolam todos os anos o nosso país e que
nos remetem para a necessidade de um investimento sério e adequado em meios de
prevenção, em várias frentes e vertentes (desde o ordenamento e de uma
responsável gestão florestal, até aos meios de vigilância que operem com
eficácia);
Tendo em conta o
progressivo desinvestimento que tem sido feito, por vários Governos, em meios
humanos que promovem a vigilância da floresta e das matas portuguesas (de
referir que o número global de vigilantes da natureza está muito aquém do
necessário, para garantir a segurança do nosso território classificado, e que,
no sentido de fazer uma inversão desse caminho no ano de 2017, serão
contratados mais 50 vigilantes da natureza, por proposta dos Verdes no
Orçamento de Estado);
Tendo em conta que no
Parque Natural da Arrábida foi instalado, há já vários anos, um sistema de
videovigilância, com 10 câmaras de vigilância, que representou custos bastante
elevados e que requeria verbas igualmente avultadas para a manutenção
necessária;
Tendo em conta que não
tardou muito para que as câmaras de vigilância fossem progressivamente
avariando e para que a manutenção não fosse sendo realizada;
Tendo em conta que
chegou a ser noticiado que as 10 câmaras de vigilância chegaram a estar todas
avariadas;
Tendo em conta que, com
a diminuição de meios humanos para a vigilância desta importante área
protegida, e com as avarias constantes das câmaras de videovigilância, é o
Parque Natural que se fragiliza, tornando-o mais vulnerável a flagelos como os
incêndios florestais;
Tendo em conta que
estamos a falar de uma área protegida, que integra valores naturais bastante
relevantes, que importa preservar e valorizar;
Tendo em conta que o
PEV solicitou, na última audição do Senhor Ministro do Ambiente, na Comissão
Parlamentar de Ambiente, informação atualizada sobre o estado de funcionamento
e de conservação do sistema de videovigilância no Parque Natural da Arrábida, e
que o Senhor Ministro não tinha, na hora, essa informação disponível;
Tendo em conta que o
PEV informou o Senhor Ministro que enviaria uma pergunta escrita, de modo a
obter essa informação;
Solicito ao Senhor
Presidente da Assembleia da República que, ao abrigo das disposições
constitucionais e regimentais aplicáveis, remeta a presente Pergunta ao
Ministério do Ambiente, de modo a que me possam ser prestados os seguintes
esclarecimentos:
1. O sistema de
videovigilância está a funcionar plenamente no Parque Natural da Arrábida?
2. No caso de não
estar, integral ou parcialmente a funcionar, pergunta-se desde quando se
verifica essa inoperacionalidade e por que motivo.
3. Com que
regularidade, e por quem, é feita a manutenção deste sistema de videovigilância?
4. Desde que foram
instaladas as 10 câmaras de vigilância, pergunta-se quais os períodos em que
estiveram integralmente operacionais.
5. Desde que foram
instaladas as 10 câmaras de vigilância, pergunta-se quanto foi gasto em
manutenção para o funcionamento do sistema.
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