A Comissão Executiva Nacional do Partido Ecologista Os Verdes esteve reunida ontem à noite, tendo feito uma análise da situação política, com destaque para os resultados eleitorais, e apontando caminhos de intervenção e ação futuras.
A Direção de Os Verdes começou por congratular a eleição de dois deputados ecologistas:
José Luís Ferreira, pelo círculo eleitoral de Setúbal e Mariana Silva pelo círculo eleitoral de Lisboa, o que possibilitou assim a constituição de Grupo Parlamentar na Assembleia da República, dando continuidade à intervenção ecologista no Parlamento.
A Comissão Executiva concluiu ainda que não tendo os resultados globais da CDU sido satisfatórios, no entanto, constitui-se como a quarta força política no país. Os resultados não espelham a grande campanha eleitoral desenvolvida pelos muitos candidatos, ativistas e militantes do PEV e do PCP, da Associação Intervenção Democrática e dos muitos independentes que deram corpo a milhares de iniciativas por todo o país e nos círculos da emigração, que na sua grande maioria não tiveram eco na comunicação social, antes pelo contrário.
À semelhança do que vem sendo a cobertura dos atos eleitorais, a comunicação social, infelizmente, tem tido um papel de silenciamento, de deturpação e daquilo que é a ação consequente do PEV e da grandiosidade e riqueza das campanhas eleitorais da CDU.
Os dirigentes de Os Verdes mostraram ainda grande preocupação perante um crescimento alarmante da vertente populista de candidaturas e campanhas eleitorais e a sua valorização pelos media, assim como com o crescimento de uma clara extrema direita que não pode estar dissociado da desestabilização social, de um descontentamento generalizado das pessoas face a um grande defraudamento de expectativas e que se refletiu também no elevado valor da abstenção.
A direção do PEV apontou caminhos para a intervenção a seguir, tendo eleito 4 áreas de intervenção prioritárias:
- Alterações Climáticas, em que a mobilidade é componente fundamental que exige um forte investimento no plano Ferroviário;
- Biodiversidade, em que é urgente continuar a luta para travar o eucalipto e as culturas intensivas e super intensivas nomeadamente de olival;
- Revitalização e desenvolvimento do interior do país, criando condições para a fixação de tecido produtivo e população;
- Redução dos plásticos na nossa sociedade, nomeadamente descartáveis, e de embalagens.
Tendo em vista o começo da XIV legislatura e a formação do próximo Governo, e na sequência dos resultados eleitorais, Os Verdes reafirmam o que já tinham transmitido ao Senhor Presidente da República, de que o Partido Socialista e António Costa têm todas as condições para formar Governo.
Relativamente à reunião bilateral de ontem, entre PEV e PS, a Comissão Executiva Nacional de Os Verdes pronunciou-se favoravelmente à sua disponibilidade para apreciação prévia conjunta de eventuais propostas de rejeição ao Programa de Governo, moções de censura ao Governo e de cada Orçamento de Estado.
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