Quando nos orgulhamos do trabalho que fizemos ou de qualquer acção que praticámos, é normal não querermos nem falar disso? Não!
Tenho observado e dado por mim a questionar-me: por que raio de razão não querem, o PS, o PSD e o CDS, discutir e falar do acordo com a Troika?
Eu suspeito que sei a resposta: o acordo é mau, mesmo muito mau para o país e para os portugueses. É um acordo que propõe uma brutal recessão económica e um desemprego medonho para os próximos anos, ao mesmo tempo que promove a desqualificação das condições de vida das pessoas. Por que razão quereriam, então, eles falar deste seu real programa eleitoral conjunto? Melhor mesmo, para eles, é que o povo português nem sonhe muito bem o que consta lá do acordo.
E por que razão não falam eles das responsabilidades que têm sobre a situação actual em que o país se encontra? Pois claro, dá muito jeito que as pessoas pensem que esta austeridade toda caiu do céu aos trambolhões e que é preciso aprender a viver com inevitabilidades!
Nada mais desleal e intolerável!
É por estas e por outras, sustentados no trabalho que realizámos no Parlamento, na seriedade, na verdade e no empenho que dedicámos às denúncias que fizemos e às propostas que apresentamos, que a CDU apela legitimamente ao voto no próximo dia 5, para ganhar mais força na Assembleia da República, e consequentemente influência governativa, de modo a determinar e contribuir para opções políticas que se tomam no país.
Já chega de escolher o menos mal, começa a ser tempo de optar pelas boas propostas e por aqueles que sustentam essas propostas, credíveis e saudáveis para o país, num trabalho coerente, verdadeiro e meritório. Se essa for a lógica do voto, o voto certo e útil é na coligação PCP - PEV.
E quando um (des)conhecido lhe oferecer a ideia de que vai votar para eleger um 1º Ministro... saiba que isso é o impulso de querer a todo o custo chegar ao poder. Porque o que está verdadeiramente em causa no próximo dia 5 de Junho é eleger 230 deputados para a Assembleia da República. E a composição parlamentar, a força de cada partido no Parlamento e das maiorias que se constituírem é que vai determinar as políticas dos próximos anos, qualquer que seja o 1º ministro.
O voto na CDU é o voto que diz BASTA e que age por uma mudança num caminho de progresso, de produtividade, de criação de riqueza e de emprego, de justa redistribuição da riqueza e de felicidade e de esperança que o país precisa.
Artigo de opinião da Deputada do PEV Heloísa Apolónia, publicado no Jornal do Barreiro (26.05.2011):
http://www.jornaldobarreiro.com.pt/new.php?category=7&id=2682
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