Boa noite,
Amigos e companheiros,
Permitam-me que em primeiro lugar e em nome da Direcção Nacional do Partido Ecologista “Os Verdes”, vos saúde a todos. Todos vós que com coragem e determinação, enfrentando o inverno, o frio e a chuva, saíram de casa, para participar neste grande Comício da Candidatura de Francisco Lopes à Presidência da República.
Todos vós que com a vosso contributo individual, dão corpo e sentido a esta grande força colectiva, que cresce, a este grande caudal de resistência, que aumenta, a este movimento, que se alarga, no apoio à única Candidatura verdadeiramente comprometida com a mudança, que os Portugueses e o País há muito reclamam.
Todos vós que se recusam a embarcar em conversas de Nobres Campanhas ou em Campanhas Alegres e muito menos nas conversas do candidato, que para além de ter muitas responsabilidades na situação que actualmente vivemos, continua a mostrar que as suas grandes preocupações são os interesses dos senhores do dinheiro, como se viu no esforço de Cavaco Silva para ter um Orçamento de Estado aprovado.
Pouco importava se era bom ou se era mau para os Portugueses, o que interessava era ter um Orçamento aprovado, porque os senhores da finança, os mercados só acalmavam com um Orçamento aprovado. E Cavaco Silva esforçou-se, a pensar pouco ou nada na generalidade dos Portugueses é certo, mas esforçou-se, para fazer a vontade aos senhores da banca.
Mas nós não precisamos de um Presidente que pense apenas nos mais favorecidos, que aliás são os grandes responsáveis pela crise económica e social que vivemos, nós queremos um Presidente que pense em todos os Portugueses. Que se preocupe com os problemas reais da generalidade dos Portugueses.
Um Presidente que seja capaz de enviar recados quando o Governo se esquece de tributar a distribuição antecipada de dividendos que as grandes empresas fizeram no ano passado, e que só no caso da PT, o Partido Socialista e a Direita, permitiram que meia dúzia de accionistas deixassem de pagar cerca de 250 milhões de euros. Mais ou menos a verba que o Governo estima vir a arrecadar com os cortes que impôs nos abonos de família.
Ou seja, o Governo do Partido Socialista e a direita ao mesmo tempo que permitiram que esses milhões não fossem tributados, corta nos abonos de família, nos salários, reduz as prestações sociais, aumenta os impostos para quem trabalha, aumenta o preço dos medicamentos, corta nos subsídios de desemprego, nas reformas e nas pensões, e deixa intocáveis os interesses dos poderosos.
E perante isto o Presidente da República nada disse, nada questionou, promulgou e calou.
O mesmo se diga da nacionalização dos prejuízos do BPN, que o governo do Partido Socialista e a Direita concretizaram como entenderam, e que Cavaco Silva se apressou a promulgar, em tempo recorde, sem reservas e sem dúvidas.
E o que aconteceu no caso BPN foi vergonhoso, não só porque se premiou a irresponsabilidade, como ainda mais grave, foi que o Governo acabou por dizer aos senhores do dinheiro: Avancem, que enquanto a coisa der lucro, vocês repartem os lucros entre os accionistas, e quando der prejuízos, cá estará o Governo para obrigar os portugueses a suportar os prejuízos da vossa irresponsabilidade. Uma vergonha, perante o silêncio cúmplice de Cavaco Silva.
E sobre esta matéria convirá lembrar que, em bom rigor, só houve duas forças partidárias que se opuseram a nacionalização do BPN, tal como foi feita, e essas forças políticas, foram os Partidos que hoje apoiam a candidatura de Francisco Lopes, o Partido Comunista Português e o Partido Ecologista “Os Verdes”. É caso para dizer, ele há coincidências.
É por isso que o desafio que se coloca no próximo dia 23, mais do que escolher um Presidente da República, é fazer uma escolha entre a continuidade representada pelo candidato Cavaco Silva, que tem sido um Presidente absolutamente subserviente face aos mercados, bancos e senhores da alta finança, completamente indiferente ao agravamento das injustiças sociais e uma alternativa de mudança, uma candidatura credível e de confiança, uma alternativa patriótica e de esquerda.
E, companheiros e amigos, Francisco Lopes é essa alternativa. A única. Os demais candidatos estão todos irremediavelmente comprometidos com o rumo que tem sido imprimido ao país e que tem conduzido ao desemprego, aos ataques aos direitos sociais, ao desmantelamento do Estado Social e enfraquecimento dos serviços públicos, às privatizações, aos desequilíbrios territoriais, à destruição da produção nacional e das pequenas e médias empresas, sustentáculo do emprego do país.
Cavaco Silva é um contribuinte directo para esta situação, já o mostrou, é um homem estrutural e convictamente comprometido com estas políticas. Mas não apenas comprometido, tem dado o seu contributo concreto para que se fomentem.
Manuel Alegre é aquele que não apoia nem deixa de apoiar, é em função das circunstâncias e do que cai melhor na altura. Seria até interessante perceber a sua posição concreta em relação às políticas que nos levaram à crise, aos vários Orçamentos de Estado, aos PEC, à nacionalização do BPN e por aí fora. Ainda há pouco tempo elogiou em todos os órgãos e comunicação social a determinação de José Sócrates e creio que isto é bastante elucidativo relativamente ao seu posicionamento.
E sobre Fernando Nobre, quem acha que o Orçamento de Estado para 2011 é o orçamento possível, demonstra nitidamente o seu conformismo em relação a esta situação e a sua incapacidade de gerar mudança.
Mas o que nós precisamos não é de um Presidente da República que diga o que é conveniente em cada momento para namorar a opinião pública.
O que nós precisamos é um Presidente da República coerente e empenhado na luta pela justiça social e pela qualidade de vida dos Portugueses.
E aqui seria oportuno questionar:
Quem é o candidato que mais se tem empenhado na dinamização da produção nacional?
Quem é o candidato que mais tem alertado e apresentado propostas para o combate às assimetrias regionais em Portugal?
Quem é candidato que tem, ao longo do seu percurso, lutado também por uma mobilidade sustentável neste país e, designadamente, pela defesa da via ferroviária ao nível do transporte?
Quem é o candidato que mais se tem empenhado na dinamização da produção nacional?
Quem é o candidato que mais tem alertado e apresentado propostas para o combate às assimetrias regionais em Portugal?
Quem é candidato que tem, ao longo do seu percurso, lutado também por uma mobilidade sustentável neste país e, designadamente, pela defesa da via ferroviária ao nível do transporte?
Lembremo-nos: Cavaco Silva foi aquele que começou a degradação da rede ferroviária convencional em Portugal. Foi com ele que se iniciaram os grandes encerramentos das nossas linhas ferroviárias. Manuel Alegre votou na Assembleia da República contra a proposta dos Verdes de classificação da Linha do Tua, e portanto da valorização e determinação pela manutenção daquele valioso património ao nível também da mobilidade e do desenvolvimento daquela região. Fernando Nobre nem sequer se pronunciou.
Quem, no seu percurso, se tem pronunciado contra os OGM e contra a ditadura do sector das grandes multinacionais agro-alimentares na nossa agricultura?
Quem é que ao longo do seu percurso sempre lutou contra a gestão privada da água?
Quem foi o candidato que se determinou na luta pela defesa da água como um bem colectivo, que necessariamente se defende através de uma gestão pública, e que tem vindo a contestar com toda a firmeza, a privatização deste recurso natural essencial à vida?
Esse candidato, meus amigos, é Francisco Lopes!
É perante este quadro que "Os Verdes" consideram que importa, assegurar que o próximo Presidente da República tenha uma profunda consciência do rumo preocupante que Portugal está a tomar em termos de políticas sociais, mas também ambientais, e que se empenhe na exigência real do cumprimento efectivo da Constituição da República Portuguesa.
É por isso que o Partido Ecologista “Os Verdes” apoia a Candidatura de Francisco Lopes à Presidência da república.
Um apoio que não é meramente formal, mas sim um apoio activo, porque todos nós estamos empenhados nesta campanha eleitoral para a Presidência da República e Francisco Lopes pode contar com a nossa participação activa na sua campanha, no seu absoluto empenhamento, no esclarecimento e no apelo ao único voto que tem utilidade nestas eleições: o voto em Francisco Lopes!
O único candidato que para além de não ser cúmplice das políticas que levaram à situação actual do País e dos Portugueses, é o único candidato que tem a coragem de apontar o dedo aos responsáveis. Por isso dizemos daqui: Francisco avança com toda a confiança.
Sem comentários:
Enviar um comentário