Investimento de 11,2 milhões de euros para cativar um milhão de banhistas por ano.
A praia fluvial do Barreiro deverá abrir ao público, completamente renovada, no prazo de três anos em Alburrica, nas margens do rio Tejo, com vista privilegiada sobre Lisboa. A intervenção vai começar nos próximos dias, traduzindo uma das prioridades da autêntica revolução que vai ser feita na zona ribeirinha da cidade, até 2012, que prevê atrair cerca de um milhão de pessoas por ano, após um investimento 11,2 milhões de euros.
O projecto elaborado pela Câmara do Barreiro para aquela praia ribeirinha do Tejo - que vem acumulando degradação e águas poluídas - prevê o tratamento do areal de Alburrica e Ponta do Mexilhoeiro, a par da recuperação das caldeiras e respectivas margens, com recurso ao tratamento dos lodos e outros sedimentos. Em 2010 a população vai notar medidas pontuais na praia, mas o sinal de verdadeiro avanço só se fará sentir no Verão do próximo ano, para que a conclusão seja assegurada em 2012, disse o presidente da câmara, Carlos Humberto.
E quanto à poluição do rio, o autarca referiu ao DN que a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) está praticamente concluída, pelo que em breve os esgotos do Barreiro e Moita "passam a ser devidamente tratados", o que garante a melhoria da qualidade da água para banhos naquela região do Tejo.
Para tentar tornar a zona mais apelativa, o projecto, que surge inserido na candidatura de Regeneração Programada da Área Ribeirinha de Alburrica (Repara), aprovada no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional, aponta ainda para a recuperação dos moinhos de vento e de maré que se encontram no areal, sendo que neste último vai ser criado um restaurante dirigido à degustação dos produtos regionais de Setúbal. Os bivalves produzidos no Barreiro terão lugar de destaque à mesa, existindo a particularidade de um dos objectivos deste plano passar pela criação de uma maternidade de ostras na zona que, nos próximos dias, vai começar a ser intervencionada.
Ainda assim, Carlos Humberto refere que a meta do plano da autarquia não preconiza a simples transformação deste local numa zona virada para a captação de grande fluxo turístico. "É antes uma requalificação que vai criar um espaço de lazer para a nossa população", diz, admitindo estar na calha uma obra que vai mudar a face do concelho. A intervenção da autarquia contempla um total de 40 acções, como a criação de percursos pedonais e cicláveis, também junto ao rio, além da requalificação da rua Miguel Pais - paralela à praia fluvial.
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