segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Pólo Norte...em 2020...


O degelo no Ártico provocado pelo aquecimento global está a afectar milhões de pessoas e, em 2100, poderá causar a extinção dos ursos polares, entre outras espécies. Estas conclusões foram publicadas no relatório elaborado por mais de 200 cientistas dos Estados Unidos, Canadá, Rússia, Dinamarca, Islândia, Suécia, Noruega e Finlândia.

O acelerado degelo no Ártico, dizem os especialistas, é evidente. As temperaturas naquela região são a prova de que o panorama não está a melhorar. As temperaturas estão a subir no Ártico, duas vezes mais que a generalidade do planeta e podem ascender aos 4-7 Celsius (7-13 Fahrenheit) no ano de 2100, comparativamente com as projecções dos relatórios das Nações Unidas. A Sibéria e o Alasca já 'aqueceram' 2-3 C desde 1950. O mar gelado no Pólo Norte pode simplesmente desaparecer no final do século e, para já, os cientistas sabem que a massa de gelo já regrediu entre 15 a 20 por cento nos últimos 30 anos. Os relatórios científicos de 2007 consideraram que o Pólo Norte iria se transformar em uma ilha isolada em 2030, mas, neste ano, isso já se tornou real.

A "ilha isolada" do Pólo Norte transmite duas mensagens ao mundo. A primeira é a nível económico com um mais fácil acesso aos recursos minerais e petrolíferos aí existentes e a possibilidade de surgir uma nova Rota Maritima no Ártico mais curta que ligará a Europa, Ásia e África. A segunda são as consequências no sistema ecológico que estarão estreitamente ligadas à pertubação da vida de muitas espécies, em que os cientistas da ACIA são peremptórios ao afirmar que algumas espécies animais, como os ursos polares, não deverão resistir a alterações tão acentuadas devido à perda quase total da massa de gelo, bem como outros animais como os lemmings (espécie de roedores), caribus, alces, mochos da neve, que vivem na terra e não no gelo, os quais estão a ser 'empurrados' para norte em direcção a habitats mais restritos.

O relatório revela ainda o aquecimento global nos pólos está a afectar 4 milhões de pessoas, sobretudo o estilo de vida das comunidades de esquimós. O degelo está já a provocar o colapso em alguns edifícios na Rússia e Canadá, devido à fusão do gelo nas camadas do subsolo que também tem vindo a provocar instabilidade nos oleodutos, estradas e aeroportos.

Fonte: Arctic Climate Impact Assessment (ACIA)

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